Oficinas

 

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APARELHO SUPER-MÓVEL

Mediador: Fabio Noronha

Carga horária: 15 horas

Público alvo: Artistas das residências

 

O assunto desta oficina é desdobramento direto das minhas pesquisas de mestrado e doutorado; e tem como objetivo apresentar uma metodologia básica de produção e publicação para as redes telemáticas.

Conversa sobre uma metodologia de produção e distribuição de informação vinculada ao campo da arte, em um contexto institucional/tecnológico (com discussões sobre os aparelhos em geral, a computação e as redes telemáticas);

Trocas de experiências e proposições de trabalhos com foco na mediação tecnológica como parte da prática artística;

Definição de um formato de publicação e produção de seu conteúdo (com mediação de qualquer aparelho computacionalmente orientado:     máquinas fotográficas, notebooks, gravadores digitais, aparelhos multifuncionais etc.)

OFICINA LIVRO DE ARTISTA: UM LUGAR

Mediadora: Sandra Favero

Carga horária: 15 horas

Público alvo: Artistas das residências

 

Sinopse:

Como diz Waltércio Caldas, “quem faz um livro inventa um lugar”. A cada página virada, uma descoberta, um espaço, um momento, um instante. Em busca da invenção de lugares queremos provocar os artistas participantes da Oficina Livro de artista: um lugar. A proposta é promover a interlocução do meio de produção ‘livro de artista’ enquanto espaço visual e tátil. Um lugar de sequências, onde ideias daquilo que passa a existir estão ali presentificando uma poética a partir de uma produção pré-existente e com a qual mantém diálogos processuais com meios como a gravura, a fotografia, a pintura, a literatura, o desenho, o bordado. Os materiais com os quais é possível trabalhar são os mais variados, além de papéis, tecidos, plásticos, argila, podem também ser digitais acompanhando a tecnologia, afinal a origem do livro está diretamente relacionada com seu desenvolvimento, o conhecimento se expandiu através dos livros.

O livro de artista, já disse Júlio Plaza, “é criado como um objeto de design, visto que o autor se preocupa tanto com o ‘conteúdo’ quanto com a forma e faz desta uma forma-significante”. A Arte Contemporânea é favorável às aproximações entre meios artísticos, sendo os livros de artista condutores dialógicos diretos, visuais e táteis facilitando muitas vezes o acesso público. É um espaço expositivo móvel. Assim sendo, a multiplicação desse é fator objetivo: viabilizar o livro de artista único para uma edição. Livro como espaço de pensamento, como ato político, como um híbrido de intenções e reverberações da contemporaneidade que requer a intervenção do leitor, a sua cumplicidade para efetivar-se enquanto arte.

Objetivo geral:

Levar cada artista/participante a presentificar através do Livro de Artista a sua poética a partir de uma produção pré-existente no seu processo artístico, encontrando na finalização deste a efetiva possibilidade de multiplicação.

Objetivos específicos:

  • Promover discussões reflexivas sobre o Livro de Artista único e as possibilidades de se tornarem múltiplo;
  • Desenvolver um projeto buscando a coerência entre processo artístico, linguagem e significação;
  • Elaborar um Livro de Artista único e a partir dele a sua multiplicidade.

Referências Bibliográficas:

Aberto fechado: caixa e livro na arte brasileira. Catálogo. Texto e curadoria Guy Brett; textos de Frederico de Morais e Ana Paula Cohen; apresentação Ivo Mesquita. São Paulo: Pinacoteca, 2012.

CADÔR, Amir Brito. O livro de artista e a enciclopédia visual. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2016.

CALDAS, Waltércio. Livros. São Paulo: Pinacoteca, 2012. Porto Alegre: MARGS; São Paulo: Pinacoteca, 2002.

________________ O atelier transparente. Entrevista e org. Marília Andrés Ribeiro. Belo Horizonte: C/Arte, 2006.

________________ L de Livros. Revista Serrote, n.13, Instituto Moreira Salles. https://www.revistaserrote.com.br/2013/03/l-de-livro/ Acesso 11/03/2021.

CARRIÓN, Ulisses. A nova arte de fazer livros. Coordenação Editoral: Fernando Pedro da Silva e Marília Andrés Ribeiro. Tradução de Amir Brito Cadôr. Belo Horizonte: C/Arte, 2011.

LAMP 04 (recolectora). Cuaderno sobre el libro. Madrid: Facultad de Bellas Artes, 2017.

MATISSE, Henri, Escritos e reflexões sobre arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

PANEK, Bernadette. O livro de artista e o espaço da arte. Anais III Fórum de pesquisa científica em Arte. Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Curitiba, 2005. http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/anais3/bernadette_panek.pdf Acesso 11/03/2021.

________________ Livro de Artista: o desalojar da reprodução. Dissertação de Mestrado, São Paulo: ECA, USP, 2003.

________________ Malarmé, Magritte, Broodthaers: jogos entre palavra, imagem e objeto. http://www2.eca.usp.br/cap/ars8/panek.pdf Acesso 11/03/2021.

________________ PLAZA, Julio. O livro como forma de arte. http://sibila.com.br/arte-risco/o-livro-como-forma-de-arte/4533 Acesso 11/03/2021.

Livro de artista. Revista Estúdio. Artistas sobre outras obras. Volume 3, número 6, julho-dezembro 2012, ISSN 1647-6158, e-ISSN 1647-7316.

ROCHA, Cleomar e FLEXOR, Carina Luisa Ochi. Livro do artista: a arte e os princípios de organização da página. Salvador: 15º Encontro Nacional da ANPAP no Goethe-Institut, 2006, p.456-464.

http://www.anpap.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Anais-Anpap15_vol01.pdf Acesso 11/03/2021.

SILVEIRA, Paulo. A página violada: da ternura à injúria na construção do livro de artista. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2001.

SOUSA, Márcia Regina Pereira. O livro de artista como lugar tátil. Florianópolis: Editora da UDESC, 2011.

__________________________. Folheando espaços ao redor: Experiência, tatilidade, espaço e tempo em livros de artista. Florianópolis: ANPAP, 2008.

http://anpap.org.br/anais/2008/artigos/170.pdf Acesso 11/03/2021.

Tarefas infinitas. Quando a arte e o livro se limitam. CATÁLOGO. São Paulo: SESC/Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin/Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbekian, 2018.

The Penland Book of Handmade Books. New York: LARK Crafts, 2008.

 

CONTEÚDO EM BUSCA DE CONTEXTO

Mediador: Maikel da Maia

Carga horária: 15 horas

Público alvo: Artistas das residências

 

A oficina se propõe conduzir reflexões (distinções e aproximações) entre Livro, Livro de artista, Livro-Objeto e Publicação. Ateliê de discussão e análise, projeto e desenvolvimento de livros de artista (fornecendo parâmetros e mobilizando conhecimentos). Os encontros apresentarão o formato Livro como Linguagem: uma forma, meio ou veículo para concepções e conteúdos em busca de contextos. Durante as aulas será abordada a teoria desta Linguagem, passando pela História do Livro, Livro de Artista, Livro-Objeto e Publicação através de referências nacionais e internacionais e a reflexão sobre as mesmas.

 

FOTOGRAFIA E POESIA

Mediador: Adolfo Montejo Navas

Carga horária: 15 horas

Público alvo: Artistas das residências

 

Conceito

A oficina propõe-se pesquisar as relações que existem em duas linguagens totalmente diferentes, mas que têm sido muito utilizadas na publicação de artista. Relações que já investiguei em meu livro mais recente, Fotografia e poesia (afinidades eletivas), publicado pela editora Ubu (São Paulo, 2017). Como se trata de um fundamento matricial, e não colateral ou circunstancial, a oficina se propõe realizer-se em três blocos modulares: a) para atender a uma parte teórica ou de exposição crítica de ambas as linguagens; b) indagar sobre aspectos específicos de ambas as linguagens e c) convocar uma reflexão seguida de uma prática visual. No fundo, trata-se de descobrir a natureza da imagem como poesia visual e elemento decisivo na publicação de artista.   

Objetivos e conteúdo

A oficina registra, paralelamente, 3 universos: a atividade poética – que se liga com a imagem –, a atividade fotográfica – que foge da narrativa, do relato –, e a reflexão teórica – que provem tanto do universo lírico quanto do teórico, da imagem e a fotografia.

Também se poderá praticar e estudar imagens para publicações em processo de realização. O objetivo será ampliar conhecimentos da área especifica, tão explicitamente fronteiriça, e desenvolver um olhar que seja crítico e ao mesmo tempo alimentado pela poesia e fotografia.  

 

CARIMBO/EX-LIBRIS

Mediador: Jozé Roberto da Silva

Carga horária: 15 horas

Público alvo: Artistas das residências

 

Oficina prática com elementos teóricos e a experimentação do processo simplificado de matriz/gravura, utilizando como referência o carimbo e o Ex-líbris, abordando questões convergentes sobre a democratização dos meios e processos artísticos, reunindo carimbos de diferentes origens (industriais e artesanais) para uma ação coletiva de carimbagem com desdobramento em arte postal e interferência móvel em livros.

O encaminhamento metodológico para o desenvolvimento da Oficina será a experimentação prática, abordando simultaneamente três pontos: 1 - Elementos do fazer artístico, com a prática em si e a troca de experiência no fazer com os carimbos e as carimbadas, considerando especialmente o tamanho da arte-postal que se encaixa na divisão do formato gráfico A6 ; 2 - Contextualização na história da Arte Brasileira através de imagens de livros e catálogos; 3 - Análise estética com leituras visuais , buscando interlocuções e diálogos na correlação de resultados/processos com obras de artistas referenciais. Na indicação desse eixo triangular, segue os critérios apontados pela Proposta Triangular para o ensino e a apreciação da arte de Ana Mae Barbosa, dialogando com os métodos de Paulo Freire.

Como referência, serão abordados artistas brasileiros contemporâneos que experimentaram e experimentam tais processos em suas propostas e ações, selecionando neste caso: Carmela Gross, com os carimbos da década de 70; Paulo Bruscky, com suas proposições e ações de arte-postal; Cildo Meirelles, especificamente nos trabalhos que apresentam inserções em Circuitos Ideológicos e Waltércio Caldas, com os livros como aparelhos objetuais de condução do conhecimento e aprendizado nas Artes Visuais.

Para o encerramento da Oficina, será feita uma proposta de ação entre todos os participantes diretamente no Centro de Pesquisa do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, onde cada participante será convidado para uma investigação coletiva do acervo da biblioteca, escolhendo conforme critérios pessoais, alguns livros/catálogos/periódicos para disseminar a ideia de ocupação/inserção, depositando um trabalho em meio às publicações escolhidas. Os Ex-libris ou Postais que forem depositados, serão móveis e ficarão anexos aos livros da biblioteca, podendo ser trocados de lugar/destino conforme os mesmos forem manuseados pelos usuários futuros da biblioteca.